sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Dez anos depois
I
Fui um dia sempre cético.
Três ave-marias e dois pais-nossos
que estais no céu:
Deus me livre!
Casa-trabalho-frela-crianças-benhê!!!
Eu é que nunca,
quimera.
Rapaz comportado a puta-que-o-pariu!
Pra mim, prazer.
Rage Against the Machine,
despertencer.
Vômito-sexo-vodka-Marx-maconha
eu ia dizendo.
Não necessariamente nessa ordem.
II
Rompi com meu umbigo
e a razão é de Raul,
o zito.
Metamorfose
das plantas
dos animais
da alma:
ciência não explica.
Metamorfoseio eu,
que nunca fui covarde.
Que não sou homem de palavra
- de palavras.
O avesso do avesso.
Não o de Caetano,
que fique bem entendido.
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